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Quando a Apple lançou o iPhone em janeiro de 2007, ela mudou definitivamente o paradigma de smartphones. Quem conseguiu se adaptar, como a Samsung, conseguiu abocanhar uma boa parcela do mercado. Quem foi lento, como a Blackberry e a Nokia, enfrentou dificuldades e até a falência.

O Google, por trás do sistema operacional Android, foi uma das empresas que notou cedo a importância do iPhone. O livro “Dogfight: How Apple and Google went to war and started a revolution”, de Fred Vogenstein, trata justamente desse período de ouro para o mercado mobile.

“O que tínhamos parecia tão… anos 90”, diz o engenheiro Chris DeSalvo. “Ficou óbvio assim que batemos o olho no iPhone”.

Por seis meses antes do lançamento do iPhone, DeSalvo, Andy Rubin (chefe da divisão Android) e o resto da equipe estavam trabalhando no protótipo do aparelho da plataforma. O lançamento estava previsto para o fim de 2007, mas os planos foram cancelados com o lançamento do iPhone.

Enquanto o software do protótipo tinha muitos dos elementos que ainda são associados ao Android – como a conectividade pela nuvem e operações multitarefa – o aparelho em si era “feio”, diz o livro. Parecia mais com um BlackBerry do que com o aparato cool de metal e vidro que Steve Jobs mostrou.

A equipe do Android rapidamente mudou os projetos e se concentrou em um telefone com uma tela de toque, que eventualmente se transformaria no HTC Dream (lançado como T-Mobile G1 nos EUA). O lançamento foi adiado para 2008, meses depois do lançamento do iPhone 3G, a segunda geração do smartphone da Apple.