O Bitcoin não começou 2014 muito bem. Depois do colapso do Mt. Gox, a maior corretora da moeda virtual do mundo, o senador democrata Joe Manchin quer bani-lo dos EUA.

Em uma carta enviada para agências de regulamentação federal, Manchin diz que o Bitcoin atrai e permite atividades criminosas, e define o valor da moeda virtual para a economia americana como “suspeito, se não for inteiramente negativo”.

O senador chega até a mencionar o fim do Mt. Gox, mas parece estar mais preocupado com a pressão que países como a Tailândia, Rússia e China já estão fazendo a respeito da regulamentação ou proibição do Bitcoin, enquanto os EUA estão sancionando a moeda. “Estou mais preocupado com o fato de que o Bitcoin vai ser inevitavelmente banido em outros países e americanos vão ficar segurando uma moeda sem valor algum”, disse.

Essa não é a primeira ação de Manchin contra o Bitcoin. Em junho de 2011, ao lado do também democrata Charles Schumer, o senador fez um apelo para que o governo investigasse o Bitcoin e o Silk Road, site hospedado na deep web que comercializava livremente drogas ilegais. Os donos do Silk Road foram presos em 2014 e o site acabou sendo fechado, mas até agora, o Bitcoin segue livre.

O Bitcoin, para quem não conhece, é uma moeda virtual com um lastro baseado em um complexo algoritmo que regula sua cotação. Além de ser impossível de rastrear, o Bitcoin também pode ser infinitamente fragmentado.